Câmara adia votação da MP do IOF e texto perderá a validade
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09/10/2025 - 12:41:00 | 3 minutos de leitura

A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (8), um requerimento de retirada de pauta da Medida Provisória (MP) n° 1.303/2025, alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Com isso, não chegará a tempo no Senado antes da medida perder a validade, às 23h59. A medida representa uma das maiores derrotas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2025. Após o Congresso derrubar, em junho, o decreto que elevava o IOF, o Executivo enviou uma nova proposta para compensar a perda de arrecadação. A MP foi aprovada na comissão especial no fim da tarde da terça-feira (70), com um placar apertado: 13 votos a favor e 12 contrários. A previsão de arrecadação, que era de R$ 20 bilhões em 2026, cairia para cerca de R$ 17 bilhões. O governo queria taxar em 18% a receita de jogos, mas o relator Carlos Zarattini (PT-SP) manteve a alíquota de 12%, reduzindo a arrecadação prevista em R$ 1,7 bi em 2026. O Executivo também queria cobrar 5% de IR sobre LCI, LCA, LH, CRI, CRA e debêntures a partir de 2026, mas a comissão manteve isenção total, reduzindo a arrecadação em R$ 2,6 bi. Agora, o Ministério da Fazenda precisará refazer os cálculos para compensar o recuo sobre a alta do IOF. Lula chegou a convocar uma reunião com os ministros Gleisi Hoffmann (PT), de Relações Institucionais, Fernando Haddad (PT), da Fazenda, e Rui Costa (PT), da Casa Civil, bem como os líderes do Governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e José Guimarães (PT-CE), para traçar uma estratégia para aprovar o texto, mas não obteve êxito. Por parte do União, o líder, Pedro Lucas Fernandes (MA), deu a declaração depois que a legenda informou a suspensão cautelar do ministro do Turismo, Celso Sabino (PA), por ele se recusar a deixar a Esplanada. Sabino é deputado federal licenciado e faz parte do trio que foi exonerado para votar a favor do texto, junto a Silvio Costa Filho (Republicanos), de Portos e Aeroportos, e André Fufuca (PP), do Esporte. O relator da matéria, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), acusou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de articular com caciques do Centrão a derrubada da MP. O deputado afirmou que houve “quebra de acordo”, e disse que o boicote é uma antecipação da disputa eleitoral de 2026. “Quebra de acordo. A disputa não é mais técnica, é eleitoral. Nesse jogo entrou Tarcísio, [e os respectivos presidentes do PP e União Brasil] Ciro Nogueira e Antônio Rueda. Estão querendo prejudicar o governo pela campanha de 2026”, afirmou Zarattini. Após a publicação da reportagem, Tarcísio rebateu: “Estou totalmente focado nos desafios e nas demandas de São Paulo. Temos muitas ações e prioridades em andamento aqui no estado, e essa questão cabe ao Congresso”. Nos bastidores, porém, deputados citam que o governador tem ligado para parlamentares em busca de votos contrários à MP.
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